Friday 8 May 2009

Roménia

Tudo começou por acordar antes das cinco da manha… o que me fez chegar ao aeroporto com um aspecto de morto-vivo, só para entrar num avião e andar cinco horas em total no ar. O professor de teatro também estava muito cansado por isso foi logo dormir.
Quando chegamos a Bucareste, eu estava assustado porque estávamos a aterrar e eu não via nada se não campos de cultivo e umas casas de vez em quando e quando estávamos quase junto ao chão, eu pensei “Ai meu Deus, vamos aterrar numa pista de relva como nos filmes em países pobres” mas depois consegui ver a pista e fiquei aliviado.
Quando cheguei não me pareceu aquele país pobre e cheio de miséria como todos diziam “Não vás, aquilo e só ciganos”, “ Vais ser roubado”, etc. Do que me tinham dito nem metade era verdade; é um facto que se notava a pobreza e a necessidade das pessoas, pois quando estávamos a sair do aeroporto, fomos praticamente “atacados” por taxistas que não desistiram de nos oferecer os seus serviços até que saímos para o autocarro.
A caminho de Constanta fiquei maravilhado com enormes campos verdes e amarelos, tão grandes que se perdia a vista destes no horizonte. Fazia-se muito barulho no autocarro mas ninguém falava com as pessoas dos outros países. A caminho só pensava “Como é o meu hospedeiro?”, “como é a casa onde vou ficar?”, “será que são pessoas simpáticas?”, mas fiquei um bocado mais aliviado quando o meu hospedeiro me telefonou a perguntar se queria ir ao cinema J, mesmo antes de chegar a cidade.
A cidade era um bocado, digamos, em construção (e isto é ser simpático). Quando vi o meu hospedeiro fiquei feliz por me parecer um rapaz normal apesar de mais velho. A casa dele era uma vivenda com um quintal enorme onde eles cultivavam alguns vegetais, entre outras coisas. A casa era grande, até tive direito a um quarto meu, por isso fiquei a pensar que a pobreza na Roménia não era assim tão grande afinal, e para consolidar esta mentalidade, via-se na rua inúmeros carros novos (onde e que num país onde o ordenado mínimo e de 170 euros isto pode acontecer?)
A escola era muito pequena e sinceramente, se a minha professora de inglês disser que nos portamos mal outra vez, eu próprio a tento transferir para a escola em que estivemos e ela diga que não quer voltar para nós J. Era muito esquisito ter pessoas a andar pela sala a conversar e outras a falar ao telemóvel e a professora sem fazer nada, mas isto justifica-se no momento que íamos fazer uma conferência de imprensa sobre a tolerância, e em cinco minutos a professora disse que tinha de ficar para outra altura porque o almoço estava pronto.
A cidade em si parecia um bairro social, mas eu gostei muito das pessoas que conheci, eram muito simpáticas, um dia até fui a casa de uma rapariga hospedeira de uma das polacas e deu me o jantar como se fosse um amigo de a muito tempo (apesar de a ter conhecido nesse dia).
Eu aproveitei esta experiencia ao máximo, saindo com as raparigas que me convidavam e tentei aproveitar para melhorar o meu inglês e deixar amigos em vários países. As ideias que eu tinha sobre a Roménia mudaram um pouco. Já não penso dela como um país obscuro, cheio de tráfico humano ou de drogas, onde toda a gente e cigana e nos quer roubar, mas sim um lugar com pessoas simpáticas que deram o seu melhor para nos acolher e fazer-nos sentir bem.
Espero que o pessoal venha todo a Portugal, se não vierem não faz mal, mas gostei muito de vos conhecer e espero poder ir aos vossos países. Até Outubro pessoal !!!

P.S. O meu hospedeiro era um dorminhoco eheheheh

3 comments:

Élia Martins said...

Estou à espera do texto em inglês. Acho que os parceiros Comenius vão gostar de ler o que escreveste.

Paulo Diegues said...

hey guys/kids i really like your impressions about the trip.
one can see some heart in what u write. i really liked this trip also.

Lee said...

surpresas?:d e desagradável, mas espero que agradável:), espero que esteja correcto, perdoa-me, mas eu comecei..

bjs amigos!